sábado, 13 de junho de 2009

Concentração

Concentração
Em quase todas as preleções que antecedem a jogos, em quase todas as palestras proferidas pelas pessoas responsáveis pela orientação do processo de psicologia desportiva, um assunto é sempre comentado e expressado como de extrema relevância no desenvolvimento do jogo.
Este assunto é a “concentração”. A concentração é um assunto sempre recordado e sempre exigido por todos os treinadores, e com toda a razão, pois a mesma é de fundamental importância durante uma partida. Um amigo “ELVIO FLORES” sempre me dizia o seguinte: “... o que você precisa é manter teus jogadores concentrados o máximo possível, pois todos concentrados num mesmo objetivo o time fica imbatível”.
O problema sempre foi, o que era e como fazer para manter a concentração, uma vez que entendíamos que era importante, porém nem sempre era conseguido. Percebíamos que quando a equipe entrava concentrada no jogo, raramente tinha resultados negativos, contudo percebíamos também que em determinados jogos por mais concentrados que estávamos, em um determinado nível de jogo, com um adversário com nível técnico muito superior ao nosso, mesmo a concentração não apresentava resultados positivos, em um determinado momento do jogo a equipe perdia completamente a concentração e se perdia no jogo.
Ao buscar auxilio neste item, sempre recorri a ajuda de profissionais da área da psicologia, o que auxiliava bastante, porém eu sempre buscava algo mais. Algo que realmente fizesse a diferença.
Uma das coisas que começaram a elucidar a questão da concentração em jogos, foi o livro, A Arte da Guerra de SUN TZU, no item “influencia do espírito”. Assim passei a perceber então que a concentração era treinada da mesma forma que eram treinados fundamentos técnicos e táticos. Percebi que quando eu reunia os atletas e passava a eles instruções e orientações, relembrava movimentos e posicionamentos, assim que iniciava o jogo estes mantinham a influencia daquilo que foi falado por um determinado tempo, e após este tempo, cada qual voltava a jogar de seu jeito pessoal, particular, e do modo como sempre havia jogado, ou seja, percebi que aquilo que estava profundamente instalado no seu inconsciente, sua forma de pensar de agir e de jogar. Sendo assim para que tudo voltasse ao normal eu parava o jogo, reunia e falava tudo de novo e com isso ganhava mais algum tempo de boa concentração, ou então de influencia de espírito.
Desta forma passei então a controlar o tempo de concentração, ou aquele tempo em que o grupo agia como um todo, e não como partes isoladas. Passei a perceber que com o tempo de treinos e jogos, este tempo aumentava gradativamente, conseguindo manter-los todos sob a influência do mesmo espírito de jogo por tempos cada vez mais longos.
Percebi também que atletas que faziam planos de jogo extraordinários para si próprio, não atuavam bem no coletivo durante aquele jogo. Quando ele isoladamente pensava no jogo que iria fazer, os dribles que iria dar os golaços que iria marcar, durante o transcorrer do jogo este atletas não jogava bem. Acredito que quando o mesmo pensava na parte do jogo, isoladamente buscando em seu pensamento jogadas extraordinárias, ele entrava no pensamento fantasia que durante o jogo efetivo, aqueles lances não aconteciam, pois não tinham como acontecer já que era apenas uma fantasia de seu pensar. Contudo seu cérebro ficava inconscientemente buscado esses lances, e como não encontrava confundia o atleta que não atuava bem.
Isso me ocorreu após assistir uma entrevista com um jogador de tênis que ao ser perguntado sobre a concentração respondeu que quando ficava pensando nos lances do jogo, como iria colocar sua direita ou esquerda, como iria subir à rede para o voleio, como iria explorar as fraquezas do adversário entre outros pensamentos, ele jogava mal. Entretanto, segundo ele quando não elaborava pensamento algum antes do jogo, apenas pensava no adversário e como este jogava, e como deveria desenvolver seu próprio jogo sem pensar nos lances detalhadamente, conseguia jogar bem e vencer.
Assim sendo, quando eu próprio jogava tênis procurava sempre pensar nos lances e no jogo, e me dava mal, quando com mesmo adversário, não detalhava o jogo, apenas entrava e me concentrava na bola, vencia.
Diante disso, passei a entender melhor o que SUN TZU queria dizer com a influencia do espírito, e como treinar a concentração, ou seja, treinar os movimentos táticos do jogo, analisar e estudar o jogo com os atletas, desenvolver na pratica e assim que caísse a concentração do jogo coletivo, parava, anotava o tempo discutia tudo novamente e recomeçava. Treinava isso exaustivamente, pois percebi que quanto maior a influencia do espírito, tanto melhor o resultado no final do jogo. No Futsal, buscava manter esta influencia de espírito durante os primeiros 20 minutos, para então no intervalo conversar com os atletas e mante-los concentrados pelos 20 minutos finais.
Para que isto acontecesse era necessário primeiramente que durante o período que se queria os atletas concentrados, eles tivessem em seu inconsciente coletivo um acervo motor (engrama) que tivesse uma duração de pelo menos 40 minutos, divididos em dois tempos de 20 minutos. Este engrama precisaria ser portanto treinado por muitas horas, para que viesse a ocupar a mente coletiva. Tudo isso com um sistema de signos onde cada movimento produzido por um jogador fosse imediatamente reconhecido pelos demais companheiros. Desta forma foi preciso criar um treinamento que contemplasse um sistema de subsunção – organizadores prévios – de forma hierarquicamente produzida criando então através do sistema de signos o engrama coletivo capaz de exercer a influencia do espírito em todos os atletas por um tempo igual a duração do jogo, fazendo o grupo estar concentrado naquilo que precisaria desenvolver. Para desenvolver a concentração precisamos nos disciplinar para isto, ou seja, adotar certos hábitos em nosso dia a dia que contribuam para treinar a concentração.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Exercicios de Futsal

Futsal

Exercícios de Fundamentação técnica e tática utilizando Jogos Desportivos Coletivos

Ao sentirmos a necessidade de obter melhora no padrão tático ou no refinamento das ações de técnica individual, quase sempre recorremos a exercícios centrados em métodos de trabalho, e quase nunca em exercícios e jogos centrados na pessoa do atleta e do treinador.
Muitas vezes parece que se o treinamento não for centrado no método (tecnicismo), o resultado não virá. Contudo de acordo com Rousseau, se quisermos ensinar algo a alguém, deveremos criar um jogo.
Portanto, a seguir estão alguns exercícios simples que ao serem adotados na forma de Jogos Desportivos Coletivos (JDC), alcançaram ótimos resultados com grande aceitação pelos jogadores envolvidos.

Exercícios de passe

Em muitos momentos nos deparamos com uma equipe com problemas de passes, e apesar de treinarmos passe intensamente o problema não se resolve. Então percebe-se que o problema não está simplesmente no passar a bola, mas no ritmo do passe, na velocidade de movimentação na força da inércia que acompanha o movimento corporal durante o jogo, e que no treino de passe puro e simples não se manifesta. Portanto seguem alguns exercícios simples e divertidos que poderão auxiliar no contexto geral da melhora na qualificação do passe no jogo.

Jogo de 1 toque
Jogo de 2 toques

O que o atleta irá desenvolver com este jogo
· Melhorar a qualidade do passe e perceber sua necessidade e importância.
· Melhorar a movimentação sem bola, para que o jogo flua
· Melhorar a velocidade de pernas para o passe e o chute.
· Chutar com mais freqüência
· Velocidade de raciocínio e planejamento antecipado de ações.

Qualificação prévia do atleta
· Ter uma qualidade de passe razoável
· Ter velocidade de reação

Desenvolvimento

· Duas equipes jogando para marcar gols, com apenas os toques pré fixados.


Jogo de 5 x 4

O que o atleta irá desenvolver com este jogo
· Melhorar a qualidade do passe e perceber sua necessidade e importância.
· Melhorar a movimentação sem bola, para que o jogo flua
· Melhorar a velocidade de pernas para o passe e o chute
· Utilizar o jogo de triângulos (Padrão Redondo)
· Marcar com coberturas
· Chutar com mais freqüência
· Velocidade de raciocínio e planejamento antecipado de ações.

Conhecimento prévio do atleta

· Boa qualidade de passe
· Velocidade de reação
· Raciocínio e planejamento antecipados.

Desenvolvimento

· Duas equipes jogando para marcar gols, uma equipe com 5 jogadores a outra com quatro.

Observações

· Ter o cuidado para a equipe com 5 não jogar como goleiro linha.
· Não deixar os jogadores parados pensando na sobra de bola.
· A equipe com 4 não pode marcar individual, mas com flutuação, coberturas e trocas de marcação.


Jogo de dois toques sem voltar a bola ao jogador do qual recebeu.

Muitas vezes nos deparamos com grupo de jogadores que apesar de estarem em quatro atletas na linha, se acostumaram a jogar somente em dois, e os outros dois se isolam naturalmente. O jogo a seguir ira melhorar este item como também melhorar a movimentação sem bola, e o pensamento antecipado, pois se não o fizer o jogador.não pega na bola

O que o atleta irá desenvolver com este jogo

· Melhorar a movimentação sem bola, para que o jogo flua
· Velocidade de raciocínio e planejamento antecipado de ações.
· Envolver no jogo um número maior de jogadores

Qualificação prévia do atleta

· Ter uma qualidade de passe razoável
· Ter velocidade de reação
· Ter uma movimentação sem bola razoável

Desenvolvimento

· Duas equipes jogando para marcar gols, com as restrições da regra.


Pebolim com dois toques

Em equipes iniciantes muitas vezes temos certa dificuldade de fazer com deixem de se aglomerar em torno da bola. Então armamos um jogo imitando o pebolim, armando dois jogadores atrás, dois jogadores no centro e dois jogadores na frente, com as duas equipes.



Estratégias e recursos

Espaço
Quadra esportiva, desenhados ou marcados doze espaços iguais em cada espaço colocar um jogador alternado entre uma e outra equipe.

Regras do jogo

· Fazer com que um jogador não possa invadir o espaço do outro, dando a ele a liberdade de tocar na bola livremente
· Cada jogador poderá dar somente dois toques na bola.

O que o atleta irá aprender com este jogo

· A não aglomerar em volta da bola
· Velocidade de raciocínio e planejamento antecipado de ações.
· Passar a bola em diagonais longas e curtas
· Movimentar-se rapidamente buscando ângulos e corredores favoráveis para passes e recebimentos.
· Desenvolver o jogo de triângulos.
· Fechar o meio e fazer coberturas.
· Fazer a leitura do espaço nas suas costas
· Controlar a ansiedade da posse de bola.
· Movimentar sem bola para abrir espaços para o companheiro
· Velocidade de pernas para domínio, passe e chute.

Qualificação prévia do atleta

· Ter uma qualidade de passe razoável
· Ter velocidade de reação
· Ter uma movimentação sem bola razoável
· Controle de ansiedade

Desenvolvimento

· Duas equipes jogando para marcar gols, com as restrições da regra.

Jogo sem goleiro

Ao desenvolvermos o jogo, nossos jogadores ficam expostos a problemas tais como jogadas, defesa, marcação, passe deslocamento, e nesse contexto esquecem o principal motivo do jogo que é chutar a gol. Muitas vezes, não executam o chute por falta de confiança.
Então um jogo que se desenvolva sem a presença do goleiro no início será um jogo estranho, mas com o passar do tempo e com a adaptação, será um bom jogo para devolver ao grupo a necessidade de chutar a gol com confiança de marcar.


O que o atleta irá desenvolver com este jogo

· Velocidade de pernas para domínio, passe e chute.
· Chutar a gol para marcar
· Acreditar no chute
· Ter o sentido do gol
· Buscar a marcação de gols
· Buscar o espaço para o chute.
· Travar o chute do adversário
· Não deixar e não dar oportunidade de chute ao adversário
· Se colocar sempre entre a bola e o gol
· Diminuir o espaço do marcador para dificultar o chute
· Fazer a leitura do espaço nas suas costas

Qualificação prévia do atleta

· Ter uma qualidade de passe razoável
· Ter velocidade de reação
· Ter uma movimentação sem bola razoável
· Controle de ansiedade

Desenvolvimento

· Duas equipes jogando para marcar gols.

Observação Importante

No inicio do jogo a tendência dos jogadores é chutar fraco por não ter a presença do goleiro, insistir na força do chute e no chute de primeira.


Conclusão e Recomendações

Os exercícios apresentados são frutos de experiências feitas ao longo dos anos de trabalho no futsal, e de acordo com as necessidades momentâneas. É importante que partindo destes princípios, cada um elabore seus próprios JDC, e acredite no seu resultado positivo, pois o mesmo virá.

domingo, 24 de maio de 2009

Jogos na Educação Física Escolar

O Jogo na Educação Física Escolar

Ao participar de uma aula de Educação Física Escolar (EFE) um aluno ou aluna, quer basicamente se divertir. Ele quer participar de algo que lhe de prazer, quer correr, quer lutar quer extrapolar limites enfim quer se sentir participativo. Uma criança com o cérebro em formação tem uma motivação intrínseca intacta, e para ele qualquer jogo é uma grande diversão e uma grande brincadeira. Já um adolescente, que tem sua área da satisfação e recompensa diminuída no cérebro, tornando sua motivação mais extrínseca que intrínseca, fica difícil se contentar com qualquer jogo.
Para nós professores de EFE muitas aulas se tornam um verdadeiro desafio, pois precisamos motivar alunos em fase de crescimento e transformação do cérebro de infantil para adulto, o que muitas vezes se torna uma tarefa não muito fácil.
Contudo, o jogo é uma poderosa ferramenta no auxilio de nossas aulas pois o jogo faz parte da competição, que por sua vez esta intrínseca no ser humano. A competição e o jogo fazem parte de nossas vidas desde que nascemos, o próprio nascimento é um jogo pela vida assim como uma competição para chegar a um mundo novo.
Portanto, dentro da EFE autônoma, o jogo devera ser a arma principal nas aulas. Porém, além de apenas jogar e se divertir, precisamos fazer com que o aluno evolua como ser humano, que aprenda determinados conteúdos inerentes a EFE, quais seja empatia, espírito de grupo, espírito de luta, raciocínio lógico e rápido, estratégias de ação, táticas de desenvolvimento, calculo de ações, planejamento, visão de futuro, e muitas outras que podemos acrescentar.
Neste momento em nossas aulas nos deparamos com um problema, ou seja, muitas vezes temos pouco espaço e nenhum material esportivo para desenvolver o jogo. E se temos material e espaço, muitas vezes confundimos o jogo escolar com o jogo institucionalizado, o jogo esportivo aquele onde o conteúdo de aprendizagem esta centrado no método. Então o jogo que precisamos desenvolver é o jogo lúdico o jogo que diverte e ensina, e este jogo deverá estar centrado no aluno, e no professor, ou seja, na pessoa que atua, ou então nas pessoas que atuam.
Para que isso aconteça dificilmente poderemos desenvolver um bom jogo, utilizando um esporte institucionalizado, com regras rígidas e previamente estabelecidas, e sim um jogo inventado por nos, adaptado as nossas reais condições de espaço e material, assim como adaptado ao conhecimento prévio dos alunos e sua capacidade de desenvolver o jogo. Em um esporte institucionalizado como futebol, futsal, vôlei, basquete, ou outro qualquer, existirá a dificuldade capacitatória em técnica individual para a execução do gesto técnico, o que acarretara em um grande número de erros técnicos, não sendo possível distinguir com clareza as diversas fases do jogo, culminando com a exclusão de pessoas da aula. Muitas vezes um esporte convencional não é bem praticado pelo não entendimento das fases do jogo.
Em um jogo criado por nos, em conjunto com os alunos, mesmo que seja um jogo adaptado de um esporte convencional, ficara muito mais fácil a participação de todos e o entendimento das fases, o desenvolvimento, a execução, com diversão e alegria. Estes jogos muitas vezes passam despercebidos por nós em virtude de entendermos que a EFE deve ser uma disciplina com alto nível de esportivização, desprezando assim os jogos simples.



Sugestão de Jogos Alternativos na Educação Física Escolar

Jogo 1 – aula 1

Rede e Peixe.
· Este jogo é uma adaptação do pegador corrente.

O que o aluno poderá aprender com esta aula
· Entender o funcionamento do jogo, suas várias fases; o ataque; a defesa
· Aproveitar todas as pessoas, onde colocar os fortes e os fracos, agir em grupo.
· Estruturar a tática utilizada, e quais as estratégias possíveis a desenvolver em cada momento.

Conhecimento prévio do aluno
· Conhecimento básico do jogo, atacar, defender, lutar, fugir, vencer e perder.

Avaliação
· Será avaliada nos níveis de leitura e interpretação em cada estágio do jogo.

Estratégias e recursos da aula
Espaço
Quadra esportiva, ou um espaço previamente delimitado. É importante que ajam limites espaciais a serem respeitados.

Desenvolvimento
· Dividir os alunos em duas ou mais equipes de forma que os componentes da equipe de mãos dadas, não cubram todos os espaços laterais delimitados.
· Uma equipe de mãos dadas devera atuar como rede para pegar os peixes, componentes da outra equipe que deverão fugir pelas laterais.
· A rede devera passar de um lado a outro da quadra pegando o Maximo de peixes possíveis, enquanto os peixes deverão fugir da rede.

Regras iniciais
Rede
· Devera ir somente para o frente, para voltar devera chegar ao final da quadra e virar a rede completamente.
· Não poderá soltar as mãos partindo a rede.

Peixes
· Não poderão passar entre a rede, por baixo das mãos.
· Não poderá sair do espaço delimitado como rio.
· Não poderá forçar a rede fazendo-a partir




Táticas
Rede
Colocar no centro da rede as pessoas mais fortes, pois as pressões exercidas nas extremidades sempre arrebentam a rede nas mãos mais fracas do centro, portanto estas deverão estar nas extremidades.

Peixe
Formar três linhas, uma no centro e uma em cada extremidade.

Estratégias
Rede
Marcar um peixe e pega-lo todos como se fosse um.
Retardar o avanço da rede para confundir os peixes.
Iniciar deixando uma passagem aberta e inverte o lado rapidamente

Peixes
Avançar e recuar rapidamente pelo meio, para arrebentar.
Abrir nas alas forçando esticar o Maximo arrebentando o meio
Colocarem-se todos em um mesmo lado e inverte rapidamente.

Placar
Vence quem conseguir pegar o maior numero de peixes em um tempo determinado.

Observações
É importante que não haja eliminação, mas sim somatório de peixes pegos. Incentivar a alternância de estratégias, e de táticas, promover o dialogo e a discussão sobre qual a melhor estratégia de ataque e defesa a empregar.
Partindo deste jogo você poderá criar inúmeras situações diferentes de jogar e evoluir o jogo e os jogadores.





Jogo 2 – Aula 2

O jogo das Bases
· Este jogo é uma adaptação do Beisebol
·
O que o aluno poderá aprender com esta aula
· Entender o funcionamento do jogo, suas várias fases; o ataque; a defesa,
· Aproveitar todas as pessoas, onde colocar os rápidos e os lentos
· Saber escolher o rebatedor e o lançador, agir em grupo, concentração e atenção na hora da corrida
· Disciplina e respeito as regras, organização espacial.
· Estruturar a tática utilizada, e quais as estratégias possíveis a desenvolver em cada momento.
· Liderar e entender a importância de respeitar as lideranças


Conhecimento prévio do aluno
· Conhecimento básico do jogo, atacar, defender, lutar, fugir, vencer e perder.

Avaliação
· Será avaliada nos níveis de leitura e interpretação em cada estágio do jogo.


Estratégias e recursos da aula
Tecnologias
Tv Pendrive
Pendrive
Quadro negro

Espaço
Campo ou quadra, desenhados as bases com giz ou cal, ou então marcados com bambolês.

Desenvolvimento
· Duas equipes, uma fica na base a outra na tentativa de conquistar a base.
· O numero de bases é o mesmo que o numero de jogadores menos dois
· As bases são desenhadas no chão ou feitas com bambolês, formado um circulo.
· Em cada base estará um jogador que será numerado de um ate o numero de jogadores. O ideal é ate dez jogadores por equipe.
· Dois jogadores da equipe serão destacados para serem o lançador e o rebatedor, estarão colocados no centro do campo de bases.
· A bola será lançada para ser rebatida o mais longe possível.
· Os jogadores das bases deverão correr para a base seguinte no sentido horário.
· Quando cada jogador tiver voltado a sua base de origem, será anotado ponto.
· Para isso todos deverão das uma volta completa no circulo de bases.
· Para a rebatida poderá ser usado um taco e uma bola de tênis.
· Também poderá ser usado uma bola de futebol para ser chutada.


Regras Iniciais
· Apenas o time que esta na base marca pontos
· Ao marcar um ponto entrega a base ao outro time.
· A outra equipe devera lutar para conquistar a base
· Cada equipe tem três tentativas de rebatida para trocar pelo menos uma base.
· Se em três tentativas não trocar apenas uma base, perdera a mesma.
· Para conquistar a base à equipe que esta fora devera, apanhar a bola, e queimar uma base vazia durante a corrida dos jogadores.

Detalhes importantes
· Ao perder a base a equipe que sai devera marcar onde estava cada jogador, pois ao recuperá-la, cada jogador devera entrar onde saiu, e não onde começou. Exemplo: o jogador nº 1 saiu na base 6. ao recuperar a base devera reiniciar na base 6, para chegar a base 1 e marcar ponto. Se a cada vez que recuperar a base iniciar novo jogo, corre-se o risco de ninguém marcar ponto.
· Se a rebatida foi boa a equipe poderá avançar varias bases
Táticas
Equipe na Base
· Escolher um bom lançador e um bom rebatedor
· Escolher um líder (capitão) para coordenar as ações de troca de bases
· Manter sempre ocupadas as bases no lado onde a bola foi rebatida.

Equipe fora da Base
· Escolher um bom pegador de bola para receber a bola e queimar a base.
· Escolher um bom lançador para lançar a bola ao pegador
· Escolher um bom corredor para buscar as bolas longas
· Formar uma linha de passe para o retorno rápido da bola

Estratégias
Equipe da Base
· Rebater a bola para o alto e para a frente pois tira a noção de espaço da queda
· Rebater sempre para lugares diferentes
· Trocar as bases imediatamente após a batida.
· Estabelecer sinais sonoros para coordenar a troca de bases.
· Evoluir base a base, pois é mais fácil de manter o controle

Equipe fora da Base
· Deslocar-se previamente onde a bola esta caindo
· Estabelecer uma rápida volta da bola
· Interferir nos sinais sonoros de troca de base
· Incentivar a troca constante de bases, pois isso gera confusão.
· Fazer pressão verbal no rebatedor.

Placar
Vence quem der o maior numero de voltas no campo de bases.

Observações
· O professor devera observar a evolução do jogo e dos jogadores, e ir criando novas regras assim que perceber um crescimento no entendimento do jogo.
· Incentivar a utilização de diferentes estratégias e fomentar a liderança para o bom funcionamento do jogo.
· Fazer perceber no aluno a importância da interferência do líder nos momentos de indecisão da equipe, e compará-la com a importância do técnico.


Jogo 3 – Aula 3

O jogo da Conquista do Terreno
· Este jogo é adaptado do Futebol Americano.

O que o aluno poderá aprender com esta aula
· Entender o funcionamento do jogo, suas várias fases; o ataque; a defesa e neste jogo, começa se evidenciar o que é contra ataque e recontra ataque
· Aproveitar todas as pessoas, onde colocar os rápidos e os fortes, saber escolher o lançador, agir em grupo, concentração e atenção na hora da corrida
· Disciplina e respeito as regras, organização espacial.
· Estruturar a tática utilizada, e quais as estratégias possíveis a desenvolver em cada momento.
· Liderar e entender a importância de respeitar as lideranças

Conhecimento prévio do aluno
· Conhecimento básico do jogo, atacar, defender e contra atacar, lutar, fugir, vencer e perder.

Avaliação
· Será avaliada nos níveis de leitura e interpretação em cada estágio do jogo.

Estratégias e recursos da aula
Tecnologias
Tv Pendrive
Pendrive
Quadro negro

Espaço e Material
· Campo ou quadra, desenhados as faixas com giz ou cal, ou então marcadas com fitas.
· As faixas serão desenhadas em toda a extensão lateral, a cada seis metros no mínimo, para um espaço de 42 metros
· Na faixa do centro será desenhado um circulo do centro co campo, onde terá inicio a cada ponto marcado.
· Uma bola

Desenvolvimento
· Jogo entre duas equipes
· A conquista do ponto se faz levando a bola ate o fundo do campo. Ultima linha.
· A bola pode ser lançada para alguém que esta adiante, ou levada até lá, correndo com ela.

Regras Iniciais
· Cada equipe tem três tentativas para evoluir 6 metros no ataque
· Duas tentativas no contra ataque e uma no recontra ataque
· A bola não pode cair, ou perde uma tentativa.
· Se em três tentativas no ataque, duas no contra ataque e uma no recontra ataque, a equipe não evoluir pelo menos uma linha de seis 6 metros, perde a posse de bola.
· A outra equipe iniciara o jogo daquele exato local.
· As linhas de ataque e defesa deverão estar posicionadas frente a frente, uma em cada linha no local onde esta a bola, formando um espaço de seis metros entre ambos.
· A primeira bola devera ser lançada para trás, para a linha de ataque.
· Para o jogador que correr com a bola, a forma de pará-lo é tocar nele está colado, como na brincadeira de mãe cola.


Detalhe importante
· Após iniciar o recontra ataque, se as equipes não evoluírem, tudo passa a ser recontra ataque, tendo apenas uma chance de evolução. Desta forma a tática e as estratégias deverão ser bem pensadas.
· As marcas riscadas no chão são importantes no desenvolvimento do jogo, pois agirão como “signos” (VYGOTSKY) para os jogadores.

Táticas

Ataque
· Utilizar várias linhas de ataque
· Na primeira linha, os defensores do lançador.
· Nas alas os corredores com suas linhas de defensores

Defesa
· Produzir varias linhas de defesa
· Posicionar as linhas de defesa de acordo com as linhas de ataque do oponente.
· Defesa em rede, ou corrente para interceptar os corredores

Estratégias

Ataque
· Variar o posicionamento dos corredores pelo meio e o lançador nas alas
· Utilizar lançadores corredores
· Lançar a primeira bola na ala para desmontar a defesa adversária, e inverter o jogo para o lançamento final ou corrida.
· Procurar evoluir linha a linha, que é mais fácil de manter o controle.

Defesa
· Defesa agressiva ao lançador para tirar sua concentração.
· Correr junto com o receptor para interferir na pegada


Observações
· Incentivar e fomentar os planos de ação das equipes.
· Incentivar estratégias e posicionamentos diferentes
· Criar junto com os alunos novas regras que enriqueçam o jogo.



terça-feira, 19 de maio de 2009

Tênis: Função Positiva das Alavancas Motoras


Aírton Leite Bastos
União da Vitória – Pr – Brasil
cabobasto@yahoo.com.br


Resumo

Ao buscar um melhor aproveitamento esportivo para jogadores de tênis iniciantes, surgiu a idéia de aproveitar a ação em seqüência proporcionada pela utilização do conjunto de alavancas biomecânicas motoras que compõe o corpo humano. Colhendo informações bibliográficas percebe-se que o assunto, apesar de ter uma grande relevância na melhora do desempenho atlético, é pouco explorado e com pouca bibliografia tanto geral quanto específica. Contudo, é notório que a melhor aplicação das alavancas na ação em seqüência acrescenta um ganho em qualidade de potência aos golpes no tênis. Desta forma foi então desenvolvido um trabalho de pesquisa e aplicação para um grupo de jogadores de tênis, através de pesquisa bibliográfica, aplicação do trabalho de verificação de resultados para se chegar ao uma conclusão científica do que era empiricamente mensurável.

Palavras Chave: ação em seqüência – momento de força – arranjo de ossos e músculos

1 Introdução

Ao buscar uma colocação de destaque na competição de tênis escolar anual em Santa Catarina, um estado com um elevado nível de qualidade nesta modalidade, sentiu-se a necessidade de utilizar ferramentas de treinamento desportivo que dessem um ganho na qualidade dos atletas, e fizesse alguma diferença na competição. O simples trocar bolas de fundo, subir a rede, ou ainda alguns treinamentos comuns a todos não trariam os resultados esperados, pois feita uma análise os treinamentos eram todos iguais, o que daria um crescimento igual a todos, deixando aqueles que estavam na frente em ganho atlético se mantivessem sempre na frente.
Observando os jogadores de tênis em todos em todos os níveis, ficaram perceptíveis que aqueles com maior qualidade de técnica e de potência eram aqueles que naturalmente utilizavam uma melhor postura corporal, aproveitando o seqüencial de alavancas biomotoras que existem no corpo humano para em uma ação em seqüência dar aos seus golpes maior nível de potencia e melhor nível de precisão.
Esta postura ficava cada vez mais clara conforme o estudo ia se aprofundando e percebia-se que além da utilização da ação conjunta de alavancas, utilizava-se também um melhor aproveitamento angular na busca da melhor musculatura capaz de efetuar o golpe. Esse arranjo de ossos e músculos dava aos atletas, que deles se apropriaram, um diferencial de qualidade e de resultados no final da competição.
Portanto, tendo esta certeza empírica, houve a necessidade do estudo detalhado da situação, da aplicação prática nos jogadores, desenvolvimento dentro de uma planificação específica e da coleta e analise dos resultados para que houvesse então uma comprovação positiva cientificamente elaborada.
Chama a atenção, a pouca bibliografia de um assunto que tem uma grande relevância na possibilidade de ganho na produção de resultados positivos. Deu-se a impressão que o assunto não está sendo levado em conta, por profissionais da área do treinamento desportivo, ou por não entenderem a necessidade de tal ação, ou por desconhecerem o nível na melhora da qualificação em seus jogadores com a correta utilização das alavancas motora existentes no corpo humano, não apenas no tênis mas também em todos os esportes.

2 Referencial Teórico

Ao analisar o corpo humano em movimento pode-se perceber que o mesmo não é um corpo rígido que se desloca no espaço, mas sim um corpo flexível que desenha movimentos graciosos. Esta situação é inerente ao sistema de articulações que deixam leve e suave o se deslocar humano contribuindo não só à plasticidade do movimento como também a minimização do gasto em energia.
O que proporciona todo esse conjunto é o sistema de alavancas existentes no corpo humano que, como enfatiza Bôer (1973, p.59) “O corpo humano, quase sem exceção, é um sistema de alavancas de terceiro grau”. Essas alavancas são formadas pala inserção muscular no osso, nas proximidades articulares, e que determinam o funcionamento correto do sistema biomotor. Esse sistema é acionado através do estímulo muscular movimentando os ossos, que apoiados nas articulações determinam a força e a velocidade do movimento. Por serem as alavancas humanas de terceiro grau e estando os grupos musculares inseridos na parte proximal das articulações, deixam o braço de força menor que o braço de resistência determinando desta forma que as alavancas biomotoras humanas são mais eficientes para a velocidade que para a força. “[...] alavancas ósseas tem um braço de força menor que o braço de resistência, o corpo humano é [...] melhor equipado para executar movimentos rápidos que potentes”. (Hay, 1981, p. 109).
Entretanto, as alavancas humanas são harmoniosamente constituídas e ordenadas para dar ao ser humano um ganho em força e em velocidade, fazendo assim com que este supere os limites naturais do próprio corpo. Esse conjunto perfeito de alavancas agindo em conjunto umas com as outras, fazendo determinados arranjos para utilizar grupos musculares que possam ser otimizados, irá provocar uma ação em seqüência que dará ao executante do movimento um ganho real tanto em velocidade quanto em potência.
Portanto para executar trabalhos mecânicos, que de acordo com Hamil e Knutzen, (1999. p. 416) [...] é igual ao produto da magnitude de uma força aplicada a um objeto, e a distância que o objeto se move [...]” é necessário saber qual a capacidade do músculo em gerar esta força. Os músculos tem uma capacidade de gerar força de tração apenas em sentido unidirecional em virtude das articulações humanas serem do tipo dobradiça, com pouca mobilidade para movimentos laterais, o que indica que a força muscular agindo através de uma articulação, é uma força total de músculos individuais, com vários músculos agindo através de uma única articulação. Nesta situação ainda se percebe que como enfatiza Wilmore e Costill, (1994), a capacidade dos músculos em gerar força de tração varia ao longo da amplitude do movimento. Isso demonstra que o ser humano se utiliza de um conjunto de músculos e ossos para desenvolver momentos de força, que são conhecido como torque. “Quando uma força é aplicada de modo que cause uma rotação, o produto daquela força e a distancia perpendicular à sua linha de ação é denominada torque ou momento de força” (Hamil e Knutzen, 1999, p. 429). Para que momentos de força sejam produzidos, são necessário uma haste rígida e um ponto fixo de apoio que cause uma rotação. No corpo humano as articulações proporcionam esta situação, podendo portanto ser aplicados momentos de força no trabalho mecânico desenvolvido pelo ser humano. Ainda de acordo com Hamil e Knutzen, (1999) a força é produto da aceleração vezes a massa, ou seja, para termos um ganho de força expressivo deve-se aumentar a massa muscular que aliada a velocidade de movimento produzirá um ganho de força.
Quando se fala em desempenho atlético esportivo é necessário entender que o arranjo de ossos e músculos poderá contribuir cada vez mais na melhoria dos resultados através do sistema integrado de alavancas biomotoras, pois como enfatiza Hay, (1981) o sistema de alavancas no corpo humano serve para aumentar a capacidade de desempenho atlético.
Foss e Keteyian (1998) através de estudos perceberam que o sistema mecânico humano necessita da presença conjunta de ossos e músculos para desempenharem trabalho mecânico, pois “É o arranjo de ossos e músculos juntos que determina o efeito final” Foss e Keteyian (1998, p. 308). Desta forma precisam-se colocar tudo em perfeita harmonia para conseguirmos um aumento real no trabalho mecânico desejado.
Ao realizar um movimento mecânico utilizando o arranjo de ossos e músculos estes não conseguem realizar a mesma força de tração ao longo de toda a amplitude do seu movimento. Existem durante a execução de um movimento, ângulos mais favoráveis enquanto outras não produzem o trabalho desejado. Quando um músculo age sozinho, sua capacidade de gerar força de tração é limitada pelo grau de atuação que consegue esta maior tensão. No entanto, quando as alavancas biomotoras são acionadas conjuntamente estas deflagram uma “ação em seqüência”, criando variações de amplitude nos graus, e transferindo a capacidade de tensão de alavanca para alavanca, utilizando a melhor capacidade de tensão de cada grupo muscular e em seu ângulo de melhor capacidade de atuação. O resultado é a somatória das forças em conjunto que irá aumentar o torque final do movimento.
Contudo um aumento considerável no ganho de força só é possível por curtos períodos de tempo, esta capacidade conhecida como potencia muscular é explicada por Hamil e Knutzen, (1999) como mudança no trabalho e no tempo, definida como produto do momento muscular total e a velocidade angular articular. Então o agente de força das alavancas biomotoras são os grupos musculares atuantes no segmento a ser utilizado através de uma única articulação. O que irá determinar a qualidade do efeito final no ganho de força será um encaixe perfeito de músculos mais apropriados para aquele tipo de trabalho, dentro a velocidade angular, criando uma ação em seqüência, proporcionando então um momento de força otimizado através das alavancas biomotoras existentes.


2.1 A Aplicabilidade das alavancas


Conforme identificado anteriormente, o músculo tem capacidade de gerar apenas força unidirecional, portanto para obtemos um aumento no desempenho de qualidade do exercício, necessita-se conhecer e aplicar corretamente o sistema de alavancas que irá atuar no segmento utilizado, para formar uma ação em seqüência. Também se; como afirmam Hamil e Knutzen, (1999) o resultado do trabalho mecânico é o produto da magnitude de uma força aplicada, e a distância que o objeto se move, percebe-se que quanto mais potente o músculo aplicado no exercício que irá realizar o trabalho, maior a magnitude da força aplicada no esforço com melhor qualidade no desempenho.
O movimento deve ser orientado na alavanca que utilize o músculo com maior poder de torque, evidenciando que a aplicação de forma equivocada em um conjunto de alavancas irá utilizar um músculo com menor capacidade de gerar força de tração diminuindo assim a potencia no golpe, cansando mais rapidamente, aumentando o risco de lesões e diminuindo a qualidade e desempenho do golpe aplicado.
Um bom movimento no tênis golpeando com uma aplicação correta no arranjo de ossos e músculos seria o golpe de direita (forehand) aplicado com o braço (úmero) em um ângulo de (+-) 45° em relação ao tronco, o antebraço (rádio e ulna) em um ângulo de (+-) 90° em relação ao braço, o punho formar um ângulo de (+-) 30° em relação ao antebraço, e todo esse conjunto formar um ângulo de (+-) 200° em relação ao tronco. Este conjunto angular irá utilizar alavancas reunidas de ombro, de cotovelo e de punho, gerando assim uma ação em seqüência, tendo como alavanca principal no torque final a alavanca de cotovelo na articulação radio ulnar, a qual irá recrutar músculos como bíceps e tríceps braquial, braquial e braquiorradial para motor de ação final. Entretanto para se chegar a potência máxima no torque final, deverá ter sido observado todo o conjunto do corpo, partindo da posição de pernas, a rotação do tronco como ação primária e a alavanca de ombro como apoio e transferência de ação em seqüência e a alavanca de punho na aceleração final, pois como enfatizam Wilmore e Costill (2001, p. 101) “A capacidade de um músculo ou de um grupo muscular gerar força varia ao longo da amplitude total do movimento”.
Desta forma deduz-se que o conhecimento da perfeita sincronia das alavancas biomotoras ao longo do movimento irá determinar uma melhor qualificação no desempenho atlético servindo como referencial de qualificação esportiva de resultados.


3 Desenvolvimento Metodológico

Para analisar a consistência do resultado positivo na aplicação das corretas posturas na utilização das alavancas biomotoras, acionando os arranjos de ossos e músculos mais indicados para a prática da atividade, foi estabelecido um teste entre dez pessoas que participaram de uma bateria de exercícios durante seis meses e em um grupo de dez pessoas da mesma faixa etária que não participaram da bateria de exercícios para fazer uma avaliação da diferença.

3.1 Instrumentação
Foi utilizada durante um período de seis meses uma bateria de exercícios com o objetivo de corrigir a postura de alavancas, e mensurar no final a evolução da qualidade técnica individual proporcionada, através de teste de potência.

Primeiro exercício: objetivo do movimento: aumentar a potência no golpe sem perder o controle.
Alavancas utilizadas:
Alavanca de braço; com o braço (úmero) formar um ângulo de (+-) 45° em relação ao tronco, o antebraço (rádio e ulna) em um ângulo de (+-) 90° em relação ao braço, o punho formar um ângulo de (+-) 30° em relação ao antebraço, e todo esse conjunto formarem um ângulo de (+-) 200° em relação ao tronco. Esse conjunto irá utilizar alavancas de punho, cotovelo e ombro.
A musculatura utilizada ao longo do movimento, no arranjo final de ossos e músculos será; como ação motora principal, o bíceps e tríceps do braço, coracobraquial, braquial e braquiorradial do antebraço. Como músculos de ação primária serão utilizados o deltóide, peitoral maior, peitoral menor, redondo maior e trapézio, e como músculos de apoio e arranque do movimento, o supra espinhal, subescapular, oblíquo interno e externo, reto e transverso do abdômen.
Alavanca de pernas; a perna assimétrica levemente flexionada, a perna simétrica projetada para trás, paralelamente e em um ângulo de (+-) 200° em relação ao eixo do tronco. Ao golpear a bola estender a perna assimétrica e flexionar levemente a perna simétrica. Este movimento sincronizado com as alavancas de braço irá proporcionar um ganho na potência final do movimento, mantendo o controle de qualidade tanto na paralela quanto na cruzada.
O movimento considerando atleta destro; na aproximação da bola, segurar com a mão esquerda a cabeça da raquete, rodar o corpo para trás utilizando-se de força angular. Ao golpear a bola, soltar a mão esquerda da raquete e projetá-la a frente iniciando o movimento de rotação do tronco utilizando inicialmente a força dos músculos abdominais, obliquo interno e externo, reto e transverso como motor de arranque para um ganho maior no torque final aproveitando a força angular. Em seguida deflagrar o movimento de “ação em seqüência” das alavancas descritas anteriormente, iniciando pela alavanca escapulo - umeral e terminando na alavanca rádio-cárpica, dando aceleração final de punho.


3.2 Teste de Potência
O atleta, colocado em um espaço aberto, golpeia parado em forehand a bola, para que esta alcance a maior distância possível. O resultado colhido foi o melhor de três tentativas.

Variáveis para o teste de potência
Nº de alunos: 20. 10 no grupo aplicação e 10 no grupo controle
Idade entre: 12 e 15 anos
Velocidade do vento: insignificante
Posição do sol: lateral
Nível de ruído: mínimo
Nº de bolas utilizadas: três
Qualidade das bolas: novas




4 Conclusão e recomendações

Ao terminar a analise dos testes, ficou comprovado aquilo que já se havia percebido empiricamente através de observação de jogadores de tênis. Este trabalho faz parte de uma monografia apresentado ao curso de Pós graduação em Motricidade Desportiva e Escolar da UnC na cidade de Mafra – SC.
A escolha por fazer a analise e o estudo em jogadores de tênis foi em virtude de maior facilidade naquele momento de minha carreira, no entanto a aplicabilidade das alavancas biomotoras poderá dar ganho de potencia e melhora na qualidade final do desempenho atlético em qualquer modalidade esportiva.
Depois de terminado este trabalho, passei a observar a melhor aplicação corpórea cinestésica dentro do aproveitamento das alavancas biomotoras no futsal e percebi também grande melhora nas posturas de passe e arremate, contudo sem tem ainda um teste real que comprove esta situação.
Apesar de não ter desenvolvido um teste especifico para o futsal recomendo a observação da perfeita composição de alavancas organizando o arranjo de ossos e músculos nos atletas para a melhora da performance atlética.


5 Bibliografia

Broer, Marion R. Introdução à cinesiologia – Rio de Janeiro. Fórum, 1973

Fleck, S. Adaptação do Sistema Nervoso à Resistência do Treinamento. http://orbita.starmedia.com/~efba/.2003

Foss, M. L. e Keteyian, S.J. Bases fisiológicas do Exercício e do Esporte; Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2000

Gray, Henry; Anatomia; Rio de Janeiro. C.M. Gross 1988

Hay, James G. Biomecânica das Técnicas Desportivas. Rio de Janeiro; Interamericana, 1981

Hamil, J. e Knutzen, K. M. Bases Biomecânicas do Movimento Humano, São Paulo Manole. 1999

Matheus, D. K. e Fox, E. L. Bases Fisiológicas da Educação Física e do Desporto; Rio de Janeiro Interamericana 1893

Wilmore, J. H. e Costill, D. L, Fisiologia do Esporte e do Exercício; São Paulo Manole. 2001

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O JOGO

O JOGO NA CONSTRUÇÃO DO SER HUMANO E DO SEU PENSAR

Ao longo dos anos de experiência no trabalho com pessoas de várias idades sempre jogando com eles e ensinando a jogar, percebi que aqueles que entendem o jogo e que o desenvolvem de forma harmônica, competitiva e alegre, no sentido de conquistar vitórias, mas neste caminho conquistar muito mais amigos que inimigos tornam-se pessoas de cabeça pensante não apenas nos movimentos que o jogo proporciona, mas sim e também na forma de entender a vida, entender a política, entender princípios de democracia, de solidariedade, enfim tem uma melhor estrutura cerebral para entender o mundo e seus problemas, atuando mais concretamente na ajuda a uma busca de soluções.
Isto nos remete a dedução que ao pensar para desenvolver o jogo ao qual esta inserida a pessoa desenvolve juntamente uma capacidade de pensar ampliada, o que lhe facilita o entendimento geral do mundo e da vida.
Analisando a influencia e o poder do jogo em modificar e atuar na modificação do pensamento do ser humano, percebemos que o ocorrido é o aumento da capacidade de utilização da rede neuronal, o que da uma ampliação na capacidade de pensar, e de entender tudo o que está a sua volta. Isto porque o jogo na verdade é uma estrutura complexa que exige do seu executante um grau elevado no nível de raciocínio.
Ao jogar a pessoa coloca em ação várias áreas do cérebro ao mesmo tempo, atuando de forma coordenada, exigindo deste uma ampliação da rede neuronal e um aumento na velocidade dos impulsos elétricos para acompanhar os movimentos do jogo, que apesar de partirem de ações individuais, são desenvolvidas de maneira conjunta, em situações de ataque, defesa e contra ataque, dentro de variações de táticas e estratégias, com elementos variáveis, objetivando uma conquista final, expandindo a forma de agir, de atuar e de lutar pelo bem coletivo, transformando desta forma o sujeito.

Palavras chave: Jogo, Ataque, Defesa, Contra ataque, Tática, Estratégia.



O Jogo
O jogo exige para o seu desenvolvimento uma serie de requisitos que deverão ser entendidos de forma distinta, porém realizados de forma conjunta. Devemos separar as várias fazes do jogo para a sua compreensão, porém não podemos separá-las para a sua execução. O jogo envolve elementos tais como; ataque; defesa; contra ataque; táticas; estratégias; níveis de risco alem de elementos variáveis como; torcida a favor; torcida contra, temperatura; altitude, uniformes, calçados, implementos para jogar entre outros. Portanto para atuar em um jogo o ser humano precisa desenvolver as inteligências: Lógica, Lingüística, inter pessoal, intra pessoal, corpóreo cinestésica, espacial, emocional.
É muito comum percebermos jogos onde alguns de seus executantes não estão conseguindo discernir com clareza qual momento do jogo estão desenvolvendo, muitas vezes quando a pressão da partida atinge altos índices de stress, o atleta iniciante pode não lembrar se esta atacando, defendendo ou contra atacando. A primeira vista isto pode parecer estranho e impossível, mas é o que acontece muitas vezes.
Para solucionar este problema, devemos deixar claro aos executantes as fases do jogo, e ensina-los a distinguir qual momento estão vivenciando, quais as táticas e estratégias adequadas para cada momento do jogo.
Inicialmente podemos dividir o jogo em três partes distintas: o ataque, a defesa e o contra ataque, estabelecer uma tática clara, e orientar uma estratégia flexível, analisar as variáveis do jogo tais como: Níveis de risco que podemos correr quais as pessoas que iremos utilizar como serão escalado e em quais momentos, qual a força total do nosso grupo e do grupo adversário, qual a força individual do nosso grupo e do grupo adversário, entre outros.
Em seguida analisar as competências para desenvolver o jogo, ou seja, técnica individual dos elementos, a técnica coletiva, ou como fica o conjunto das ações individuais, nível físico e psicológico dos componentes da equipe.




Fundamentos Essenciais Relativos A Prática Do Jogo

O Curso do jogo esportivo é relativamente simples, pois em poder do objeto do jogo (bola) e leva-lo até o objetivo (cesta, ponto, gol). Certamente é sabido que irá vencer aquele que conseguir marcar o maior numero de gols, ou cestas, ou pontos, tendo pela frente obstáculos de transposição construídos pelo adversário que tem a mesma intenção, ou seja, a vitória.
Portanto, o jogo é um problema que se apresenta, e que deverá ser resolvido de forma coletiva, através de ações individuais. A qualificação destas ações individuais é que irão determinar a qualidade das ações coletivas na forma de produção de obstáculos, ou na forma de transposição dos obstáculos encontrados durante a tentativa da conquista do objetivo (ponto).
Equivale a dizer, que na produção de movimentos para superar o adversário, será individualmente e como equipe, uma seqüência de movimentos que necessitarão de várias capacidades e habilidades, as quais irão determinar o sucesso ou o fracasso da tentativa de vitória durante aquele jogo.
Neste contexto, os fundamentos básicos individuais essenciais para a produção de obstáculos assim como para sua transposição são: Individuais; passe, arremate, domínio da bola, movimentação com e sem a bola, drible e finta, defesa e desarme. Físicos; força, velocidade em suas variáveis, resistência, potencia, agilidade. Psicologias; paciência, controle emocional, empatia, raciocínio lógico e abstrato, capacidade de planejamento rápido entre outros.
Os fundamentos básicos coletivos essenciais são capacidade de conhecer as táticas e suas variáveis, capacidade de elaborar estratégias e flexibiliza-las nos momentos oportunos, capacidade de fazer a leitura do jogo, capacidade de determinar o ritmo do jogo, capacidade de produzir defesa e elaborar coberturas, capacidade de produzir ataques e dar apoio, velocidade de reação no posicionamento de contra ataque entre outros.

Desenvolvendo o Jogo

Quando já consciente do funcionamento estrutural do jogo, poderá então o grupo iniciar o jogo, para isso é preciso fazer a leitura do jogo, de como o jogo esta acontecendo, quais são as táticas utilizadas pelas equipes, que tipo de estratégias poderá ser utilizada ou qual a estratégia utilizado pelo adversário, quais os pontos fortes e fracos das equipes, como tirar proveito disso, e como fazer quando a adversário percebe em nós um ponto fraco e começa a explorar.
Em seguida fazer uma releitura de como esta o jogo neste momento, de onde ele veio e como veio até aqui, e partindo daqui para onde o jogo se encaminha e de que forma percorrerá este caminho. Isso implica em saber o que fazer para mudar o jogo, ou o que o adversário poderá fazer para mudar este jogo, e qual nosso procedimento se o jogo mudar, qual a nossa qualificação para fazer o que?
Na parte física, como esta o ritmo do jogo, podemos sustentá-lo até o fim, poderemos aumentar o ritmo, o volume do ataque esta suficiente, estamos empregando a força necessária para o ritmo atual, precisamos de mais velocidade, ou mais explosão, poderemos sustentar o ritmo de explosão necessário ou temos que diminuir o ritmo?
Taticamente, qual nossa atitude de defesa, como o adversário montou sua defesa, quais são seus pontos vulneráveis, qual a velocidade de transição para o contra ataque, o contra ataque é produtivo ou esta perigoso, que estratégia de contra ataque adotar diante da qualificação do adversário, qual a precisão e a qualidade das ações individuais de ambas a s equipes?
Todos estes itens fazem parte do jogo objetivo, porém não poderemos esquecer do jogo subjetivo, aquele poderá fazer uma grande diferença no resultado, porém não aparece no objetivo.
Assim sendo, como foi feito a construção mental antes do jogo, como pensar o jogo, antes e durante, como intuir, como construir o jogo subjetivamente para aflorar objetivamente com sucesso, como utilizar um sistema de signos no inconsciente coletivo, como acionar no coletivo o sistema de subsunção para deflagrar o sistema de signos.
E ainda, qual o sentimento que prevalece nos jogadores, o medo, a empáfia, o respeito, a seriedade a alegria, a segurança, a tranqüilidade, pois estes sentimentos deverão influenciar muito na tomada de decisões.


A TRANSPOSIÇÃO DE OBSTÁCULOS (Ataque)

Uma vez iniciado o jogo, na sua seqüência irão aparecer obstáculos para serem transpostos. Analisando comentários após o término de um jogo, percebemos que quanto maior o número de obstáculos a serem transpostos de ambas as partes, maior a euforia do combate realizado. Muitas vezes a partida foi tão cheia de obstáculos, que vencedores e vencidos estão se sentindo bem com o combate realizado.
Ao observarmos crianças, quando brincam sozinhas, ou em grupos reduzidos, elas mesmas produzem obstáculos imóveis ou fictícios que é para o jogo “ter mais graça”, portanto, a produção e a transposição de obstáculos durante a realização de uma partida é o que dá sentido ao jogo.
Para Zun Tzu, você pode se defender ferrenhamente e não perder uma batalha ou duas, porém para ganhar uma guerra e principalmente para conquistar um reino, você precisa além de uma defesa forte, um corpo de homens selecionados, preparados e qualificados para o ataque. Uma força de ataque para ser bem sucedida, deverá cair em cima do adversário como uma águia em sua vitima, sem que a mesma tenha tempo de reagir, portanto, ao entrarmos na disputa de um campeonato, se quisermos ser campeões, precisamos selecionar treinar e qualificar homens para o ataque e contra ataque, entretanto estes homens selecionados e preparados para tal devem entender a raiz de como irão acontecer estas ações ofensivas na conquista da vitória.


PRODUÇÃO DE MOVIMENTOS DE ATAQUE

Quando vamos desferir o golpe fatal do ataque deveremos fazer com que o adversário pense que estamos perdidos e desorientados. Isto posto, ele ira relaxar na defesa, ira transferir o pensamento de defender e pensar em se apropriar da bola para consignar o gol, este é o momento de desferir o golpe fatal. Nesta tentativa de produção de movimentos ofensivos os jogadores devem ter a consciência de quais as ações que envolvem uma boa produção de ataque.
Uma demonstração de produção de movimentos de ataque poderá ser encontrada no artigo “Padrão Redondo”, neste Blog.

MOVIMENTOS COMBINADOS

Ao colocar uma equipe para desenvolver um jogo, necessariamente seus componentes precisarão combinar alguns movimentos e posicionamentos, esta organização surge naturalmente em qualquer equipe, quando os atletas começam a fazer a leitura do jogo.
Desta de combinação de movimentos, nasce a necessidade da intervenção do treinador, que irá administrar e treinar estes movimentos para que façam parte do conjunto da equipe, isto é, que pertençam ao engrama coletivo da equipe.
Estes movimentos combinados são conhecidas popularmente como “Jogadas Ensaiadas”. Na produção de movimentos ofensivos, necessariamente e naturalmente busca-se a combinação destes movimentos entre seus integrantes, portanto, treina-los é primordial.
Ao treinarem jogadas combinadas, o treinador deverá ampliar o leque de ramificações desta jogada, e implanta-lo na memória inconsciente dos atletas, para que ao se deparar com um obstáculo colocado em seu caminho, seu engrama acione subsunsores (organizadores prévios) que encontrem uma saída rápida, natural e entendida por todos.
Assim sendo, precisamos reconhecer a característica pessoal de cada um dos integrantes do grupo com o qual trabalhamos, e criar a jogada dentro destas características, e não desenhar qualquer coisa em um papel e exigir de atletas sua execução sem a prévia avaliação da capacidade pessoal de cada um para aquele desenho.

MOVIMENTOS EXPONTÂNEOS
Quando estamos dirigindo um veiculo em uma cidade conhecida, ao encontramos um obstáculo que não permita seguir passagem por aquele caminho, imediatamente e sem pensar, desviamos espontaneamente e encontramos um caminho alternativo para chegar ao fim. Isto acontece porque nosso conhecimento do local e das redondezas é amplo, e temos em nossa memória inconsciente um mapa completo da região. Segundo Medina (1986, p. 46)

[...] Para que tal ocorra, é necessário construir no cérebro uma rede ampla de circuitos neuronais capacitados a comandar a execução dos movimentos. Esta rede de circuitos é como se fosse o mapa de uma grande cidade, quanto maior o conhecimento dos caminhos a percorrer, tanto maior velocidade para se chegar ao lugar de objetivo. Além de conhecer o caminho mais curto a seguir, é necessário também conhecer os atalhos e as alternativas de caminhos a percorrer, caso a primeira via planeja esteja bloqueada por algum motivo. O processo educativo só se completa quando provoca uma mudança com comportamento [...]


Portanto, ao oportunizarmos aos atletas, uma infinidade de movimentos espontâneos estaremos deixando que os mesmos criem em sua memória motora (engrama) um amplo mapa de movimentos com várias saídas para desviar obstáculos produzidos pelo adversário, além disso, com um grande mapa de movimentos no inconsciente coletivo, será fácil ao treinador, desenhar jogada para combinar, pois se houver algum obstáculo no caminho, a variante aparecerá espontaneamente

SITUAÇÕES ESPECIAIS (CONTRA ATAQUE)

O contra ataque, parte de uma situação de desvantagem para uma posição de vantagem. Desvantagem, porque para sair em contra ataque a equipe precisa estar sofrendo um ataque, vantagem porque ao perder a bola o adversário demora alguns segundo para inverter no cérebro a posição de agressor para agredido.
Assim sendo, em vantagem numérica, usar a velocidade de passes, com flutuação de bola em direções opostas, assim o adversário não terá a condição de reagrupar e organizar a defesa a tempo.
Entretanto, o contra ataque é uma arma poderosa, e como toda arma se não for bem utilizada poderá se voltar contra a própria equipe, pois existe o perigo de ao se lançar ao contra ataque, não concluí-lo, deixando a bola viva, esta poderá voltar contra si próprio.
Para a produção de um bom contra ataque, a equipe deve possuir uma boa troca de passes, fazer a bola andar rápido, trocar a bola de direção para fazer a cabeça dos defensores rodar, (ver em “Padrão Redondo), ser objetivo, ter uma boa movimentação sem bola, e concluir.

A PRODUÇÃO DE OBSTÁCULOS (DEFESA)

De acordo com Zun Tzu, os grandes guerreiros sempre se colocam em uma posição que torne a derrota impossível, desta forma o adversário percebe que não conseguirá vencer, e fica apenas esperando o momento da derrota.
Um reino ao tentar conquistar outro reino, só o poderá fazer, se suas defesas forem sólidas, pois ao se lançar ao ataque na conquista de um reino com sua defesa fraca, certamente um terceiro governante irá ocupar o país desguarnecido na defesa.
Portanto, a solidez de uma equipe esta na capacidade de sua produção de obstáculos impedindo que adversários penetrem em seu território defensivo sem levar um contra golpe mortal.
Jogar com um adversário com defesa intransponível, é saber que a qualquer momento sua equipe levará um gol e perderá o jogo. E de acordo com Vanderlei Luxemburgo, o medo de perder tira a vontade de ganhar.
Contudo, a produção de obstáculos é uma questão de atitude pessoal, muitos treinadores passam a vida ensinando seus atletas a atacar, as crianças crescem com instinto de ataque, os pais e a sociedade esportiva valoriza o ataque, desta forma, o plano de defesa no esporte é sempre olhado como sendo demonstrativo de qualidade inferior.
Entretanto, o que da segurança a uma equipe, a seu jogadores, seus dirigentes, e até a torcida, é perceber que sua defesa é sólida.


CONCLUSÃO

Ao fazer uma analise das situações que o jogo proporciona evidencia-se que o mesmo auxilia na construção do pensar do ser humano. Toda a vivencia do jogo, toda a analise que ocorre durante o jogo, toda a preparação para desenvolver um jogo, todo envolvimento das pessoas no desenvolvimento, preparação e entendimentos das táticas e estratégias fazem com que o cérebro humano seja ampliado em sua ramificação neuronal útil, estabelecendo mudanças significativas no pensar daquele que esta inserido no contexto do jogo.
Portanto, aqueles profissionais que trabalham com pessoas no desenvolvimento de jogos, caso de treinadores e professores em educação física, deverão estar atentos para que tipo de influência estão proporcionando ao cérebro e ao pensar daqueles que estão ao seu comando.


Bibliografia


COLETIVO DE AUTORES. Educação Física & esportes. Perspectivas para o Século XXI, Papirus; Campinas, 2003.

KUNZ, Elenor – Educação Física – Ensino e Mudanças – Unijui – Ijui, RS - 2001

MEDINA, J.P.S., A Educação Física Cuida do Corpo e ...Mente. Papirus, Campinas, SP – 1989

TANI, Go et al. Educação Física Escolar Fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. E.P.U. São Paulo, 2002.

TUBINO, M. G. e MOREIRA S. B. Metodologia Científica do Treinamento Desportivo

ZUN TZU,; A Arte da Guerra, Madras São Paulo – 2008




sábado, 2 de maio de 2009

Educação Fisica Escolar Autonoma

EDUCAÇÃO FÍSICA AUTONOMA

A educação física escolar é comumente confundida com educação esportiva escolar. Apesar de, com o passar dos tempos muitas novas propostas de tendências da Educação Física Escola (EFE) estarem sendo apresentada a comunidade escolar, os conteúdos sempre voltar às origens, ou seja, ao desenvolvimento do corpo, da saúde, da pratica esportiva, da formação de atletas, da capacitação de pessoas para o desempenho físico
Neste sentido a revista do (Confef, 2002, p. 5).
Entende-se a Educação Física escolar como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, capacitando-o para usufruir os jogos, os esportes, as danças, as lutas e as ginásticas em beneficio do exercício critico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida.

Muitas vezes tenho me sentido um peixe fora da água quando em debates ou simples conversa com profissionais de Educação Física (EF) sobre as mudanças necessárias na EFE, a quase totalidade fala em mudanças, acredita em mudanças, pensa que está mudando e até tenta mudar as práticas de conteúdos, mas a essência é sempre o desenvolvimento da educação do físico pelo físico, e não do todo pelo físico.
A Proposta Curricular de santa Catarina para a EFE, assim como as diretrizes curriculares do estado do Paraná para a disciplina, estão escritas e enfatizadas que a educação física tem como função principal fazer com que os alunos que ingressarem no ensino infantil e fundamental, aprendam a reconhecerem-se como humanos. No entanto o que esta escrito nestas diretrizes consegue se concretizar em exemplos reais. Nesse sentindo, além de não perceber ninguém neste caminho, sinto certo desconforto em colegas ao abordar este tema, como se esta abordagem fosse própria de outro planeta que não a terra, pois como enfatiza a revista do Confef (2002, p.5).
[...] a disciplina Educação Física Escolar vem se baseando uma prática excludente, muitas vezes voltada para a formação de equipes esportivas representativas das escolas, vista pelos alunos como uma prática recreativa, como uma forma de “quebrar” o tempo do ensino intelectual.



Na verdade a EFE é falada e dita como disciplina fundamental na educação do ser humano, mas na prática o que se ensina cai sempre em direção ao aperfeiçoamento esportivo. Quando se fala em mudanças na EFE, muitos acreditam e fazem seu trabalho voltado não apenas para “jogar bola”, mas entendem que as mudanças pedidas são no sentido de; ensinar regras, ensinar o funcionamento do organismo, ensinar a importância do exercício físico para a saúde, ensinar para que serve o alongamento, ensinar os fundamentos do jogo para jogar bem, utilizar as ferramentas opcionadas como conteúdos estruturantes como um fim e não como um meio.
Segundo Tani et al, (1988, p.74)

[...] que a preocupação em refinar o padrão fundamental do movimento, antes que a performance seja relativamente madura, resultará no completo insucesso por parte da criança, com implicações negativas de ordem fisiológica, psicológica e social [...].

Nestas próprias diretrizes os elementos articuladores do ensino demonstrado aparecem como a saúde, o desenvolvimento do corpo, as praticas esportivas a tática e a técnica, a relação do corpo com o mundo do trabalho e muitas outras abordagens
Buscando entender que os conteúdos estruturantes da EFE disponibilizados pelas propostas estaduais são importantes, pois os jogos, o esporte, a dança, as lutas e a ginástica são fundamentais para o ser se compreender como humano, pois são meios de fazer com que as crianças e jovens se percebam como gente, como humano, e cresçam como gente vivenciando estes conteúdos estruturantes. Porém estes conteúdos deverão ser utilizados como ferramentas para se chegar a um fim que é o crescimento pessoal como humano, e não como um meio de atingir a plenitude física para o desempenho esportivo ou do trabalho.
A própria diretriz curricular do estado do Paraná percebe que tomou um caminho diferente na pratica daquele do discurso quando reporta na p.18 que “ o currículo básico se caracterizou por uma proposta avançada, em que o mero exercício físico deveria dar lugar a uma formação humana do aluno em amplas dimensões”. Na seqüência percebendo que o caminho tomado não foi o mesmo do discurso continua, “No entanto, apresentava uma listagem rígida de conteúdos que de algum modo enfraquecia os pressupostos teóricos metodológicos da pedagogia crítica”.
Assim sendo a própria diretriz concorda que a rigidez dos conteúdos e a falta de capacitação continuada para os profissionais da área na uniformização dos objetivos, enfraqueceram a linha política pedagógica a que se propunha mantendo os aspectos tradicionais do enfoque puramente mecânico e biológico. Portanto, percebe-se claramente que apesar dos esforços feitos para que mudanças na EFE ocorram, estas não chegam sequer perto daquilo que deveria ser, ou das propostas apresentadas. Qualquer tentativa de mudança esbarra na rigidez dos conteúdos voltados para o tecnicismo esportivo, para o enfoque biológico ou físico.
As muitas faculdades de EF, não conseguem tirar do inconsciente coletivo dos alunos que se formam esta linha da educação física, não conseguem fazer os seus alunos entenderem que a EFE não pode mais ficar pautada em desenvolvimento corporal esportivo sem o desenvolvimento intelectual, cultural social e humano, pois senão correm o risco de concordar com Medina quando diz que, “A Educação Física cuida do Corpo e ...Mente”.
Pode parecer absurdo que uma criança não se perceba como humana. Na realidade ela se percebe humana, mas no fundo do seu pensamento, ela não consegue saber o quanto é humano. O ser humano no seu processo de hominização se fez ao atuar sobre a natureza e modifica-la para dela sobreviver e tirar proveito próprio. O aluno dos dias atuais deverá compreender sua posição no mundo e na natureza de forma a modificar sua própria natureza e o local em que vive para melhorar sua própria qualidade de vida. Deverá ser capaz de se sentir gente a ponto de utilizar suas potencialidades humanas para interferir na sua existência e na existência do próprio ambiente ao qual está inserido, contribuindo para o ambiente do todo, do planeta como um todo, e neste sentido a EFE é ferramenta importante e fundamental na construção do mapa neuronal do ser humano, no sentido de o mesmo se reconhecer como gente, pois segundo Medina (1986, p. 46)

[...] Para que tal ocorra, é necessário construir no cérebro uma rede ampla de circuitos neuronais capacitados a comandar a execução dos movimentos. Esta rede de circuitos é como se fosse o mapa de uma grande cidade, quanto maior o conhecimento dos caminhos a percorrer, tanto maior velocidade para se chegar ao lugar de objetivo. Além de conhecer o caminho mais curto a seguir, é necessário também conhecer os atalhos e as alternativas de caminhos a percorrer, caso a primeira via planeja esteja bloqueada por algum motivo. O processo educativo só se completa quando provoca uma mudança com comportamento [...].

Assim sendo, a EFE, que tem a capacidade de desenvolver o ser humano, poderá se utilizar do “jogo” na forma descrita por BASTOS neste Blog, para contribuir neste sentido, e se tornando autônoma da pratica desportiva dela se desvinculando, porém ao mesmo tempo contribuindo para quando a pessoa iniciar na pratica desportiva, a mesma já tenha construído em seu engrama os caminhos necessários tanto ao sentimento de reconhecer-se como um humano melhor e também apto ao aperfeiçoamento esportivo especializado.

Bibliografia

E.F., Órgão Oficial do CONFEF. Revista nº 5, ano II, R. J. Dez. 2002

MEDINA, J.P.S., A Educação Física Cuida do Corpo e ...Mente. Papirus, Campinas, SP – 1989

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Educação Física Para a Educação Básica. HTTP://www.diadiaeducacao.pr.gov.br - 2006

TANI, GO ET all, Educação Física Escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. E.P.U. São Paulo, 2002

SANTA CATARINA, Proposta Curricular , IOESC Florianópolis 1998

quarta-feira, 22 de abril de 2009

categorias de base

CATEGORIAS DE BASE
Dentro do livro Futsal: administrando o esporte de dentro da quadra, de minha autoria que esta sendo escrito, esta é uma das partes onde trato sobre a questão das categorias de base.
As divisões que seguem nas categorias de base são aquilo que eu penso como formador de atletas ao longo da carreira, onde entendo que esta divisão é fundamental para o bom andamento do trabalho visando performance.


ESTRUTURAÇÃO DAS CATEGORIAS DE BASE

As categorias de base de uma equipe é a mola propulsora ao sucesso. Quem se lança no mercado esportivo e quer conseguir resultados satisfatórios, mas que porém não possui uma estrutura sólida nas categorias de base, esta fatalmente destinada ao fracasso em todos os níveis.
Manter categorias de base, não é apenas ter uma dúzia de crianças treinando, manter categorias de base, é manter centenas de crianças e jovens em atividades diárias, participando de treinamentos, jogos, viagens e intercâmbios. Sendo assistido em todos os setores profissionais, saúde, alimentação, avaliação física, biomecânica, cineantrométrica, psicológica, pedagógica, cultural e muito mais.
Entretanto, este setor de uma equipe demanda valores muitas vezes considerados infrutíferos e não produzindo resultados de curto prazo, desta forma dirigentes e administradores do esporte, entendem que seria um gasto desnecessário.
As categorias de base são os alicerces de toda e qualquer equipe esportiva que quiser alcançar o sucesso permanente. Não dissemos aqui, que uma equipe sem ter uma categoria de base sólida não possa usufruir um bom nível de sucesso, porem enfatiza, que equipe alguma terá um sucesso permanente sem categorias de base. Uma equipe sem se preocupar com as categorias de base e a formação de atletas, é como uma empresa que não se preocupa em fomentar a qualidade e a quantidade de sua matéria prima. Sem matéria prima suficiente, uma empresa poderá deixar de produzir, pois uma matéria prima excessivamente cara deixará de tornar a empresa competitiva em custos no mercado.
Entretanto apesar da importância da estruturação e do funcionamento das categorias de base, a grande maioria das equipes, não consegue fazer com que funcionem na realidade, da mesma forma que está no papel ou na intenção de todos. E isto ocorre justamente por falta de qualidade na capacitação administrativa deste setor da equipe.

AS DIVISÕES DAS CATEGORIAS DE BASE

Tudo na natureza é dividido em sistemas ou divisões com uma determinada hierarquia nas divisões e subdivisões. Em qualquer segmento da fauna ou da flora, sempre existe divisões e hierarquia, nos insetos, como nas abelhas e formigas, as divisões em escalões hierárquicos de trabalho, com funções definidas, se mostrando como sociedades organizacionais altamente administradas, e por isso produtivas.
Na formação e estruturação de uma equipe, deveremos organizá-la, em divisões e subdivisões para melhor administração. Nas categorias de base, deveremos definir administrativamente, o que são equipes de base competitivas, o que são escolinhas, o que são equipes de aproximação, o que são trabalhos massificador e social. É muito comum uma equipe ter escolinha esportiva, e confundir esta escolinha com trabalho de base. Portanto a administração deste setor deve ser bem definida, dividida, estruturada, e funcionar como uma unidade que busca metas individuais, porém com objetivos coletivos.
Dentro destes parâmetros a nossa proposição de estruturar apresenta as seguintes divisões:
Divisão de Escolinha
Divisão de Massificação e projeto social
Divisão de fundamentação técnica, física, tática e psicológica.
Divisão de treinamento especializado
Divisão de Equipes competitivas - Mirim - Infantil - Infanto-juvenil - Juvenil.



DIVISÃO DE ESCOLINHA

Entendemos por escola de aplicação desportiva, um grupo de crianças que na faixa etária dos seis, aos dez anos de idade, onde virão até a escola para criar vinculo e comprometimento, com horários de treinos, responsabilidade de freqüência, apropriação de conteúdo, desenvolvimento e controle da inteligência emocional, da empatia, da inteligência corporeo-cinestésica, da inteligência intra e inter pessoal, ampliação da rede neuronal, formação do engrama cognitivo, reconhecimento dos fundamentos esportivos de suas regras e normas, e assim como na escola regular, ser preparado para os conteúdos futuros. Na Escolinha já se tem uma noção de para onde será conduzido a criança futuramente.
As escolinhas de aplicação esportiva poderão ser consideradas como o jardim da infância, ou o pré-primário do ensino regular. Toda criança, com quatro ou cinco anos, com um bom desenvolvimento físico e motor, já poderá ingressar em escolinhas de aplicação esportiva. Estas escolinhas deverão ter um caráter lúdico, e deverão oportunizar experiências múltiplas esportivas, assim como vários posicionamentos dentro da modalidade, para sentirem qual esporte e qual posição lhes são mais peculiar, assim como para o administrador esportivo, perceber qual esporte e qual posição ele se adapta melhor.
Por melhor que seja o desempenho do atleta mirim, devemos inibir a tentação de uma especialização precoce. SANTOS adverte que: [... “contribuir com a prática esportiva infantil significa acima de tudo comprometer-se com o desenvolvimento integral da criança, e jamais colocar interesses de promoção pessoal acima dos interesses da criança”...]
Algumas crianças têm um desenvolvimento motor acima da média, o que para um administrador esportivo poderá se transformar em uma armadilha. Normalmente quando aparece um atleta mirim, com grande desenvoltura técnica, todos o indicam como um futuro craque. Porém muitas vezes esta afirmação não é verdadeira. A maturação motora antecipada das demais crianças do grupo poderá criar uma expectativa de motivação por todos os leigos, de que aquele é um ser especial, porém fatalmente um dia sua maturação estará saturada para a idade, onde ele ficará esperando a maturação do seu grupo de colegas.
Durante esta espera muitos pensarão que a criança esta regredindo, o que também não é verdade, apenas os outros estão evoluindo até o ponto em que ele já chegou previamente e está esperando seu grupo etário.
Esta situação é muito comum ocorrer, como também é comum julgar culpado pelo “retrocesso” o treinador que muitas vezes afoito, ou despreparado para a situação, ajudou a acelerar o processo de maturação precoce. Outra situação, é julgar que a criança, ficou mascarada e se “estragou”, o que também não é verdade. Portanto, com crianças de maturação precoce precisamos tomar cuidados especiais, pois correremos o risco de muitas vezes perder um atleta de valor por não saber administrar as doses corretas de treinamento relativo à sua faixa etária.
Desta forma, deveremos ter em mente que escolinhas de aplicação esportiva, são apenas para conduzir atividades lúdicas, objetivando a criança a criar gosto pela prática do esporte, analisar qual melhor característica que apresenta se defesa ou ataque, acompanhar seu desenvolvimento motor e biométrico para avaliar se esta no esporte certo. - Exemplo: uma criança apaixonada por Basquete, com grande qualidade técnica individual, porém com uma projeção biométrica de 1,60m quando na idade adulto. - E de forma alguma cair na tentação da especialização precoce quando estivermos tentados a especializar precocemente uma criança, pensem se uma faculdade de engenharia iria aceitar em suas fileiras uma criança com grande afinidade matemática. Certamente a faculdade, iria orientar a criança a buscar a profissão, mas não sem antes passar pelas bases escolares. Na administração esportiva infelizmente muitas vezes esquecemos este detalhe, e perdemos muitos valores para nós mesmos.







OBJETIVOS

Nas escolinhas o objetivo principal, é satisfazer as necessidades lúdicas das crianças e prepará-las para a seqüência esportiva que as mesmas irão trilhar.
Portanto, estas deverão estar sempre presentes aos encontros (treinos) semanais, ter compromisso com horários, envolver-se socialmente com outras crianças, ampliar sua rede neuronal e sua capacidade de movimentos motores, desenvolverem raciocínio para resolver pequenos problemas táticos, melhorar sua capacidade de abstração e cognitiva.
Formar as bases para os movimentos motores inerentes ao esporte que mais se adaptar; conhecer o esporte e suas regras; Adquirir consciência esportiva e comprometimento com horários e freqüência em treinos.



METAS
A criança ao deixar a divisão de escolinha deverá ter participado de encontros esportivos, pequenas competições, viagens de intercâmbio, terem o controle emocional necessário para disputar um jogo desempenhando o melhor de sua qualidade e adquirir experiência motora adequada ao esporte.
Disciplinar e educar para movimentos táticos, melhoria da incidência energética funcional, fomentar relações grupais e melhorar a solicitação dos processos cognitivos, na ação motora e intelectual.










DIVISÃO DE MASSIFICAÇÃO E PROJETO SOCIAL

Muitas vezes uma criança nos chega com uma idade superior à aquela de nossas escolinhas, ou no momento da triagem, muitas crianças ainda não atingiram a maturação necessária para serem conduzidos as divisões de fundamentação técnica.
Estas crianças não poderão ser dispensadas, pois poderão vir a atingir sua maturidade mais tarde, muitas vezes uma criança que matura muito cedo se perde muito cedo, mas principalmente porque uma equipe deverá manter um trabalho social para ser bem vista pela comunidade. Entretanto é do projeto de massificação que irão também sair muitos dos atletas de ponta, que por um momento passaram despercebidos.
A história do esporte nos mostra que muitos atletas de ponta foram preteridos por equipes, pois não eram considerados aptos, entretanto eram apenas pessoas que maturaram mais tarde. Um exemplo é o atleta “Cafú ala direita” do futebol na seleção brasileira, que passou por muitas peneiras e não era classificado em nenhuma, até o dia que despertou para o futebol.
Entendemos desta forma que o projeto de massificação é necessário ao sucesso de uma agremiação esportiva, para dar tempo àqueles que o necessitarem.
A grande massa da população praticante de esportes, certamente não apresentará qualificação necessária e pertinente ao desenvolvimento esportivo de alto nível.
Por uma série de motivos, e por uma seletividade natural, onde “muitos serão chamados e poucos os escolhidos” (Biblia Sagrada) a natureza coloca com o tempo cada um no seu devido lugar.
Entretanto, mesmo às vezes sabendo que a grande maioria não “leva jeito” não poderemos simplesmente abandonar aqueles que nos acompanharam por muitos anos, pois se tal acontecer, vai haver um esvaziamento das escolinhas e teremos dificuldades futuras para o fomento de novos atletas.
Lembrar que, assim como existem aqueles que maturam precocemente, existem aqueles que maturam tardiamente, e na natureza um produto que aparece fora da época natural de safra, quase sempre tem um valor superior àquele comercializado na safra.
Portanto, um atleta que matura tardiamente a tendência é que seja sempre um atleta de nível superior aos outros seus colegas.

OBJETIVOS
Manter em atividade um grande número de crianças, envolvendo-os em atividades tanto esportivas como sociais, para não perdermos aqueles que maturam tardiamente, nem cortar o cordão umbilical daqueles que foram preteridos, dando sempre uma ênfase de que poderá ser aproveitada, fomentando desta forma a participação nas escolinhas.
Resgatar aqueles que com potencial esportivo em expansão passaram despercebidos na primeira avaliação.
Manter ativo todos os iniciantes, para valorização social das equipes de base, assim como contribuir para formar cidadãos que se não atuarem com atletas pelo menos tenham uma vida regrada e disciplinada de acordo com as características positivas que o esporte tem o poder de proporcionar.



BASE FORMATIVA

Após terem passado pelas várias fases da escolinha, a criança já estará praticamente definida quanto ao esporte que irá praticar, assim como suas características pessoais provavelmente já estarão aflorando.
Estarão em idade ideal para aceitar agrupamento de pessoas e trabalhar cooperativamente, estão desenvolvendo um crescimento mais rápido.
Nesta idade há um crescimento na vivacidade mental, onde aprenderão mais facilmente a resolver problemas táticos de maior complexidade. É de fundamental importância que os atletas aqui selecionados tenham passado por nossas escolinhas, tenham sido longamente analisados, para não corrermos o risco de ao cometermos um erro na avaliação cometermos uma indelicadeza de não o aproveitarmos, e manda-lo voltar ao grupo de massificação.
Lembrar que é muito mais simpático e produtivo, ir buscar alguém na massificação que mandar alguém de volta.
O equivoco mais comum e corriqueiro cometido por administradores de categorias de base, é o da especialização precoce. Muitas vezes objetivando um sucesso rápido para disputar torneios ou campeonatos, os treinadores, principalmente aqueles iniciantes e sem muito conhecimento de planejamento do treinamento desportivo, aceleram a carga de treinamento para aumento da performance.
Por um lado este procedimento eleva a performance rapidamente, superando aqueles que seguem os passos normais, porém com o passar do tempo ocorre uma estagnação técnica, justamente na transição para a fase adulta fazendo com que quando a performance ótima não é alcançada, geralmente por problemas de motivação(drop out), venha a desistir da pratica do esporte.
Contudo, é justamente na fase mais importante do atleta que se perdem grandes valores, por erros cometidos na sua infância. Portanto, lembrar sempre que até os 14 anos é mais importante jogar do que se exercitar, aprender de forma grossa as variações de técnica e tática.



DIVISÃO DE FUNDAMENTAÇÃO
TÉCNICA, FÍSICA, TÁTICA E PSICOLÓGICA.


FUNDAMENTAÇÃO

A fundamentação é o setor da administração esportiva da aprendizagem motora, do seu desenvolvimento, da melhoria de suas habilidades e do treinamento das capacidades.
Aprendizagem motora é o processo de captação de movimentos coordenados para realizar uma ação esportiva com competência, baseando-se no processamento e na armazenagem de informações recebidas, o que inclui uma interação recíproca entre o ensino e a aprendizagem.
Na aprendizagem motora pressupõe-se que os atletas interagem com o meio em que está inserido e participa ativamente na construção das suas ações, partindo dos seus conhecimentos e habilidades anteriormente adquiridos.
A aprendizagem motora não é diretamente observável, porém resulta de prática e experiência, inferindo mudanças na performance. Lembrar que o homem é motor e cognitivo, e a aprendizagem envolve um conjunto de processos no sistema nervoso central onde são armazenadas as informações, ao receber o estímulo as ações são executadas.
A aprendizagem é algo que se realiza dentro da cabeça do indivíduo, no seu cérebro, e produz uma capacidade adquirida para a performance habilidosa, esta aprendizagem é relativamente permanentes, não é apenas transitória
Portanto o treinador que irá administrar exercícios deverá considerar, os processos de aprendizagem, as diferenças individuais e as condições de ensino da qual dispõe.
Além disso, alguns requisitos são fundamentais para a aprendizagem motora tais como; o meio ambiente social, a linguagem empregada pelo treinador, o domínio dos conteúdos, o conhecimento a estruturação das tarefas, o processo pedagógico.
São as maneiras como serão administrados os exercícios que farão com que ocorra a aprendizagem. A motivação e a compreensão da tarefa motora por parte do aluno e o nível motor inicial que ele apresenta irão desenvolver as suas capacidades coordenativas e condicionais como um todo.

CAPACIDADES COORDENATIVAS
Orientação espacial
Diferenciação cinestésica
Reação
Ritmo
Equilíbrio
CAPACIDADES CONDICIONAIS
Resistência
Velocidade
Flexibilidade
Força.
Analisada nos seguintes aspectos:
Metabolismo energético
Coordenação intra e inter muscular
Massa muscular em relação ao peso corporal
Movimento ou movimentos para a mobilização da força.

Quando vai se construir algo, um edifício por exemplo, a altura deste edifício depende muito da fundamentação do mesmo. Se esta for sólida, poderá comportar muitos andares, porém se sua fundamentação for fraca, o edifício não terá como crescer.
No esporte, esta verdade não deixa de ser a mesma, a qualidade do crescimento do atleta esta ligada a qualidade de sua fundamentação, e não exclusivamente a sua técnica individual. É a polivalência motora que será a base determinante para as altas performances. Por fundamentação entendemos base, técnica, física, tática e emocional ou psicológica.
Os objetivos mais importantes do treinamento de base são multidisciplinares e específicos da modalidade, sua técnica individual e tática.
Fundamentar, e estruturar o atleta nas bases técnica, física e tática do esporte, para que este suporte uma carga de trabalho progressiva conforme for subindo de categoria e aumentando sua idade.
Técnica, aquisição da técnica individual e coletiva inerente ao esporte praticado, e aplicação desta técnica em função do jogo.
Tática, conhecimento tático do jogo, predisposição tática, disciplina tática, movimento ofensivos defensivos e de contra ofensiva.
Físico, aquisição de força e flexibilidade, e outras valências físicas produtos da força.
O desempenho do treinamento desportivo pode ser distribuído em quatro níveis de habilidades
NIVEL I - Das primeiras tentativas na execução padrão dos movimentos esportivos
NÍVEL II - Da performance imatura refletida na falta de consistência para a organização padrão dos movimentos
NIVEL III - Da performance madura onde há melhora no padrão de movimentos e o seu refinamento.
NIVEL IV. - Da performance habilidosa para o treinamento especializado.

As linhas do nível I deverão ser desenvolvidas nas escolinhas, portanto na fundamentação de base deveremos desenvolver as linhas do nível II.
Antes de enviarmos as crianças diretamente para as divisões de base competitivas, deveremos fazer um estágio, na fundamentação. Nesta divisão é onde iremos definir, características pessoais, qualidades, responsabilidades.
Também, é onde formaremos os caminhos mentais esportivos cognitivos, criaremos subsunsores, formaremos o engrama esportivo dentro dos fundamentos específicos do esporte, para então passarmos definitivamente as categorias competitivas.
Com este procedimento, a margem de erro na condução dos atletas as categorias competitivas é muito pequena, sendo estas equipes normalmente vencedoras em suas categorias, pois estaremos enviando sempre os melhores dos melhores.
O administrador deste setor deverá estar atento ao aspecto motivação e entusiasmo deste grupo, e fazer um trabalho com o psicólogo, pois este é o setor mais monótono da escalada esportiva.
Entretanto, é o local para mostrar aos atletas a importância deste momento em suas carreiras e levar em conta que por melhor que seja o atleta, se não conseguir entender e aceitar este tipo de treinamento, certamente não será uma pessoa de destaque.
Poderá até ter uma boa qualidade esportiva, mas uma qualidade emocional e empática nociva que o irá prejudicar em outros pontos de sua vida e de sua carreira, tornando-se um craque problema.



DIVISÃO DE APROXIMAÇÃO

Paralelo a divisão de fundamentação poderemos inserir o treinamento especializado, já conduzindo o atleta a especialização. Lembrar sempre que por maior que seja o nosso anseio em revelar craques, a especialização precoce sempre nos oferece o declínio precoce de vários atletas, portanto deveremos iniciar os treinamentos especializados apenas quando estes já estejam suficientemente maduros e definidos em termos esportivos.
A divisão de aproximação poderá estar dividida ou colocada em dois setores da pirâmide formativa da equipe.
Uma localizada após o atleta sair do estágio de preparação de fundamentação, até ser inserido nas equipes competitivas de base.
Muitas vezes um atleta esta em idade de disputar uma categoria infantil, porém apesar de vislumbrarmos nele um grande potencial o mesmo ainda não este suficientemente maduro emocionalmente para as competições, desta forma existindo este estágio, poderemos dar a ele o tempo necessário para o seu amadurecimento.
Outra localizada quando o atleta esta saindo das equipes de base, e ainda não esta pronto para ingressar na categoria principal, porém vislumbra-se nele um grande atleta potencial.
Portanto, está é uma divisão importante no sentido do início da lapidação fina, e da inserção gradual e natural nas equipes competitivas.
Antigamente nos clubes de futebol, essa categoria era conhecida com aspirante, e desta categoria surgiam os valores que iriam formar as grandes equipes.


EQUIPES DE BASE COMPETITIVAS

CATEGORIAS - INFANTIL; INFANTO-JUVENIL; JUVENIL.

A formação das equipes de base competitivas torna-se uma tarefa relativamente fácil ao administrador que esteja seguindo a seqüência em suas categorias de base formativa, pois certamente poderá escolher vários elementos para formar suas equipes, dentro das divisões de sua estrutura.
O trabalho que certamente foi bem conduzido em outras divisões, nas equipes competitivas, será apenas de lapidação fina, ritmo de jogo, controle natural da ansiedade, estudo das táticas de jogo, proposição de estratégias, leitura de jogos e desenvolvimento natural daquilo que passou anos treinando.
Portanto o administrador irá perceber que a formação destas equipes é tranqüila e natural, como é tranqüila e natural a reposição da matéria prima de uma empresa bem estruturada no seu fomento.
O próximo passo, será a passagem dos atletas das categorias de base para a categoria principal. Como se torna obvio, com um trabalho bem feito, percebe-se logo que a cada ano a equipe principal irá dispor de vários novos atletas, podendo estar sempre renovando sua equipe mantendo assim a qualidade desejada, valorizando assim ainda mais o seu trabalho administrativo.
Com o decorrer dos anos, iremos perceber que o principal diferencial competitivo irá surgir graças às pessoas, os equipamentos avançados, o bom planejamento, nada disso leva ao sucesso sem a valiosa contribuição das pessoas. As pessoas que irão trilhar o sucesso e com ela levar junto a equipe esportiva, serão aquelas que estarão em nossa administração esportiva, dentro da quadra, durante pelo menos uma dezena de anos, e com este tempo, teremos condições de formar pessoas, educadas, capacitadas, criativas, inovadoras e cooperativas.




ADMINISTRAÇÃO DE EXERCÍCIOS

Antes de ser cognitivo o homem é motor, portanto devemos nos ater a desenvolver coordenação motora grossa, que envolve grandes grupos musculares e coordenação motora fina, que envolve pequenos grupos musculares.
Diferenciar Habilidade de Capacidades
Habilidades Todos temos melhora
Capacidades - São inatas, de difícil melhoria

CAPACIDADES
HABILIDADES
Vem de traços herdados geneticamente
Se desenvolve com a prática
São estáveis e permanentes
Modifica com a prática
São poucas em número
São muitas em número
Embasam a performance de muitas habilidades
Dependem das diferentes subconjuntos capacitatórios

Dentro do item habilidade podemos dividir em:

HABILIDADE COGNITIVA: É a determinante principal do sucesso, é a qualidade da decisão do executante em relação ao que fazer, Saber o que fazer e quando fazer.

HABILIDADE MOTORA: Ao executar fazer a execução correta, com qualidade. De acordo com Riera(1989) aprendizagem motora é a capacidade de coordenar seus movimentos para adaptar-se e relacionar-se com as características do seu meio.
Para tanto é necessária motivação e vontade, prática e experiência, e lembrar sempre que a aprendizagem motora não é diretamente observável. Até os dez anos de idade a criança esta apta para receber estímulos para desenvolver rapidamente sua capacidade coordenativa, mais tarde, por causa do crescimento acelerado, haverá um declínio na capacidade de aprendizagem coordenativa, porém com recuperação futura.

Analisar a criança durante o período de categorias de base, dentro dos itens:
Tipo corporal, estrutura óssea e muscular, formação endo, meso ou ecto-morfo
Histórico social em que esta inserido
Nível de aptidão física, real e potencial de acordo com tipo corporal
Nível maturacional
Nível emocional
Estilo de aprendizagem
Característica pessoal habilidosa e capacitatória
Experiências sociais previas
Experiências prévias de movimentos
Durante o período de permanência neste estagio deveremos adotar o principio da multidisciplinaridade no treinamento, pois a polivalência motora é a base determinante para as altas performances.
No ultimo estágio da escolinha deveremos iniciar um trabalho de formação de signos cognitivos, com trabalho de repetições e insistências.
“A pressuposição da existência do sistema de signos e que este sistema desenvolvido na cultura social na qual vivem as crianças não são meros facilitadores da atividade psicológica, mas seus formadores especialmente e particularmente os signos cognitivos”. Vigotski (79)
Portanto, a pressuposição da existência deste sistema, reforça a idéia de que a repetição dos movimentos, através de jogos desportivos coletivos, irá aumentar a ramificação neuronal, melhorando a memória cognitiva, expandindo o engrama, e construindo variados caminhos mentais, que serão acionados quando da necessidade de resolução de problemas táticos.
Se por exemplo na construção de um lance esportivo desenhado, os caminhos do desenho estiverem interrompidos com obstáculos ali colocados pelos adversários, o sistema de signos irá acionar subsunsores, que irão percorrer o engrama, até encontrar um caminho mental que resolva naturalmente a situação com outra saída , ou outro desenho tático previamente marcado na placa cognitiva através do sistema de signos.
Para se chegar a uma ampliação do engrama, criando o sistema de signos necessitamos percorrer o caminho:



Percepção sensorial cognitiva

Abstração e execução
Memória de curto prazo
Treino
Memória de longo prazo (engrama)

Portanto, inicialmente abstrair sobre o movimento e gravar na memória consciente, para após várias execuções transporta-la para a memória inconsciente.
Contudo, durante todo o período de permanência nas categorias de base deveremos auxiliar o atleta a formar um engrama cognitivo, e criar um mecanismo de percepção aguçada, mecanismo de decisão rápida e mecanismo efetor com precisão que a idade lhe permitir.
Para tanto, deveremos ter em mente que a motivação e a vontade deverão ser constantes no aprendizado cognitivo, pois este se deverá se estabelecer com fluência natural, através do jogo, e do brincar. Rousseau dizia; Quer ensinar algo a uma criança, crie um jogo.
Nesta fase deveremos jogar mais para brincar que para se exercitar. A criança que adquire aprendizagem motora cognitiva das habilidades desportiva não tem dificuldades na tomada de decisão, enquanto que o executante mecânico, terá muitas dificuldades nas tomadas de decisão, além de criar movimentos parasitas.
Durante este período, a criança deverá passar por uma observação constante e criteriosa para que ao selecionarmos para as bases formativas, não tenhamos mal avaliados e colocados em cheque a administração do treinador das bases formativas, tendo ele que retornar crianças as bases de massificação, o que causaria constrangimento a todos.
Portanto, é importante que a avaliação das crianças seja feita por uma ma comissão de treinadores que administram todas as categorias de base da equipe.


BIBLIOGRAFIA

_ BIBLIA SAGRADA - Ave Maria - São Paulo 1998

_ SANTA CATARINA Proposta Curricular de IOESC Florianópolis, 1998

MIRANDA, M.P. - Organização e Métodos - Atlas - São Paulo – 1978

TANI, Go et al. Educação Física Escolar Fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. E.P.U. São Paulo, 2002.

VYGOTSKY, L.S Pensamento e Linguagem. Martins fontes :São Paulo, 1989